Vem Sean Penn!


Domingo a tarde eu estava em casa e resolvi ligar a TV. Estava passando um programa onde um tal de Ariel, sua esposa e seu amigo ( os três com síndrome de down) estavam sendo entrevistados. O tema era sobre o filme Colegas, de Marcelo Galvão, que conta a aventura de três jovens que tem a síndrome de Down e que se aventuram com a maior ingenuidade do mundo, na ânsia de aproveitar a vida. A mídia os pinta como bandidos perigosos, mas na verdade são apenas pessoas querendo ser felizes.  Na vida real também acontece isto. Do lado e fora as pessoas pintam os deficientes como monstros, como pessoas incapazes, como pessoas que devem ser alvo de piedade.  Na verdade eles não são nada disto.
Achei o máximo aquilo tudo, porque sou uma lutadora em favor da inclusão e ver que um filme, que vai passar em rede nacional, tinha como protagonistas principais, três atores deficientes, fez meu coração pular de alegria e claro, caí em lágrimas.
O protagonista do filme, o ator Ariel sempre sonhou em ser ator, atuar no cinema, em rede nacional. Sonhou tão grande e tão alto, que olha ele aí, estreando no dia 01 de março! Algo para  nos fazer repensar os nossos próprios limites e de fazer corar aquela ponta de preconceito inconfesso, que todos nós carregamos, sem admitir.

O filme ainda nem estreou, mas a sua curta trajetória em festivais nacionais e internacionais dá uma amostra do tamanho do seu fôlego.
O longa-metragem dirigido por Marcelo Galvão vem conquistando as plateias por onde passa no país e exterior.  No cenário internacional, Colegas venceu o prêmio de público do 27º Festival del Cinema Latino Americano di Trieste na Itália. Também levou o prêmio de Melhor Filme no festival de cinema International Disability Film Festival Breaking Down Barriers em Moscou (Rússia), além de ter sido exibido no Red Rock Film Festival (Utah, EUA).
No Brasil, venceu o prêmio de Melhor Longa-Metragem Brasileiro no Festival de Gramado 2012 e foi eleito pelo público da Mostra internacional de Cinema de São Paulo como Melhor Filme Brasileiro, levando também o Troféu Juventude (votação do público estudante). Colegas foi aclamado no Festival do Rio (categoria hors concours) e foi o longa-metragem que abriu o Amazonas Film Festival.

E ainda tem mais: Ariel sempre disse que a sua decisão de seguir a vida de artista foi motivada pela paixão que ele tem pelo ator Sean Penn. E apesar dos vários prêmios que já ganhou com o filme, Ariel alimenta outro desejo: ele sonha em ter o ator ao seu lado no dia da estreia.
Foi para tentar tornar esse desejo realidade que a equipe de produção partiu para a realização de uma peça de marketing que, em poucos dias, se tornou um viral nas redes sociais.

O material recebeu o nome de” Vem Sean Penn”. Você ainda não compartilhou? Pois, participe deste sonho também!  

Será que o Sean Penn achou que ele ia ficar tão famoso assim de uma hora pra outra? Quero ver o filme e quero ver Sean Penn sentado do lado de Ariel. Um sonho dele que vira desejo nosso também. Se o sonho é dobrado que o sucesso também seja.
VEM SAN PENN, VEM!




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Ser, ter ou parecer? A sociedade do espetáculo

A Base Nacional Comum Curricular e os novos desafios da Educação brasileira