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Mostrando postagens de 2021

Entenda a BNCC para elaborar seu currículo

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Por Priscila Pereira Boy Pedagoga- Diretora da Priscila Boy Consultoria A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. A elaboração da BNCC está ancorada em uma série de marcos legais. A Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 210, já orientava para a definição de uma base nacional comum curricular, ao estabelecer que “serão fixados conteúdos mínimos para o Ensino Fundamental, de maneira a assegurar a formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais”. Com base nos marcos constitucionais, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996 apontava para a criação de uma base nacional comum, não só para o Ensino Fundamental, mas para toda Educação Básica. Com a LDB de 2013, a Educação Infantil também passa a contar, obrigatoriamente, com uma base n

"Idade média ou idade mídia? Sobre o uso da tecnologia em ambientes educacionais"

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Compartilho  artigo publicado  na Revista do SIEEESP (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de São Paulo). Por Priscila Pereira Boy- Pedagoga, Diretora da Priscila Boy Consultoria, escritora e palestrante.  Marcado por mudanças significativas, o século XXI coloca a escola diante de um grande desafio: repensar a sua forma de ensinar. Estamos vivendo em um mundo globalizado, de afirmação das diferenças e mudança de paradigma. O avanço da tecnologia impactou totalmente as relações sociais, a forma de agir, pensar e de se comunicar e por isso nos impõe novas formas de agir. Lidar com novas possibilidades requer ousadia e humildade. Ousadia para quebrar modelos antigos, desconstruir práticas já consolidadas e lidar como o inesperado. Humildade para reconhecer que o que sabemos sobre tecnologia pode ser insuficiente para superar os saberes dos alunos e por isso, temos que nos abrir para aprender com eles. Os alunos: Os nativos digitais Estamos diante da geração que nasce

Ser, ter ou parecer? A sociedade do espetáculo

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Vivemos um momento de exposição constante. O privado cede lugar ao público, ao explícito. Rompem-se as fronteiras do segredo, da intimidade, do secreto. Estamos num tempo complexo, mesclado de espetáculos naturais e artificiais, influências de todas as partes, e imersos num mundo de culturas híbridas, que pode ser definido como um rompimento entre as barreiras que separa o que é tradicional e o que é moderno. Com a globalização, predominantemente capitalista, recheada de estratégias de marketing, há um desdobramento de definições sociais onde o ser perde espaço para ter . Importante é consumir e este consumo acaba se transformando em uma grande armadilha, um buraco sem fundo.  Antes os produtos eram criados para suprir as necessidades das pessoas. Agora, estes são criados para gerar novas necessidades. Nunca se está satisfeito. Sempre há um algo a consumir, um “ plus” a mais, um complemento. As pessoas consomem, mas estão sempre insatisfeitas, infelizes e incom

Gêmeos na mesma sala: sim ou não?

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Gêmeos na mesma sala: Sim ou não? Por Priscila Pereira Boy Irmãos gêmeos têm uma ligação muito forte e passam muito tempo juntos.  Os gêmeos são muitas vezes visualizados como uma unidade, e não como seres individuais, cada um com sua personalidade e características.  Desde pequenos eles dividem atenção, tempo e espaço de todos. É necessário dar a eles oportunidade de ser “eu” e não “nós”, desenvolvendo sua identidade de forma independente. No período de adaptação, principalmente no primeiro ano em que acontece a separação, pode ser um pouco difícil, pois afinal, estão juntos desde a concepção! Para amenizar, nada como muita conversa e a boa e velha parceria entre escola e família. Há uma linha de pensamento que defende a ideia de que os gêmeos devem ficar juntos, por causa da alta afinidade e do relacionamento e laço afetivo que eles têm entre si. Esta quebra de laço, de instabilidade emocional poderia afetar a aprendizagem deles. Para comprovar

Você é uma pessoa racista?

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Você é uma pessoa racista? A resposta a esta pergunta é sempre não. Ninguém se assume racista. Mas, é visível o quanto o racismo ainda está longe de ser história do passado. Como educadora e cristã, não posso perder a capacidade de me indignar, e é por isso mesmo que estou indignada com alguns fatos que aconteceram semana passada.  George Floyd , de 40 anos, morreu asfixiado enquanto o policial que o rendeu manteve-se ajoelhado sobre seu pescoço. Fortes imagens que circulam amplamente nas redes sociais, filmadas por testemunhas, mostram que Floyd afirmou que estava sendo sufocado diversas vezes. “Não consigo respirar”, disse, repetidamente. No entanto, o policial permaneceu na mesma posição. Em outro momento, ele clamou: “Não me mate”. Tudo filmado, em plena luz do dia. E NINGUÉM fez nada para salvar o homem. Uma estudante negra de 15 anos foi alvo de comentários racistas por colegas de classe em um grupo de WhatsApp, no Rio de Janeiro. Não é a primeira, nem a últ