O Natal Chegou!!!

Por Priscila Pereira Boy- Pedagoga- Mestre me educação
priscilaboy@terra.com.br

O Natal está chegando e com ele, um grande desafio: não se render aos apelos de consumo de uma sociedade capitalista.
Eu me peguei pensando em quais presentes daria na ceia do fim do ano, quando nos reunimos em família. 
O fato é que a gente está sempre apertado e resolve que vai comprar apenas uma lembrancinha pra cada um. Mesmo assim, a conta sai cara, porque a família é grande e a gente não pode deixar ninguém de fora.
Alguns presentes não agradam as pessoas, nunca serão usados! Mas fizeram rombos no orçamento.

O que realmente importa nesta data?

Sou cristã, portanto não posso desprezar que esta é uma comemoração importante: o dia em que nos lembramos de que um dia Cristo veio ao mundo. Deus mandou seu próprio filho, por puro amor! Se o maior presente de Deus foi demonstrar seu amor por nós, façamos o mesmo. Não com presentes mas, com ações. Abrace, beije, diga que ama, escreva uma mensagem, uma carta. Mostre seu amor.

Segundo um amigo querido, emoções, sentimentos, sensações constituem pedaços de nossa vida - pedaços às vezes regados com sangue, suor e lágrimas. Como já advertia Freud (e tantos outros), mais do que a razão, são os sentimentos que movem nossas ações e não raro põem em marcha a própria história. Prova disso é justamente a relações com os familiares, amigos e conhecidos.

Muitas vezes guardamos sentimentos que poderiam ser compartilhados. Não sabemos bem como demonstrar amor.

A raiva, a ira, os xingamentos, a maledicência, a fofoca, falar da vida alheia. Isso sabemos bem. Fazemos queixas, cobramos, colocamos defeitos: em situações, em lugares, nos presentes, nas pessoas. E o que dizer da nossa falta de sinceridade e transparência com as pessoas? Acabamos por desenvolver uma capacidade inegável de camaleão. Trasvestimo-nos segundo a conveniência. Não somos o que somos e sim aquilo que deveríamos ser.

Mas, e o afeto? E as coisas boas? As qualidades, os acertos?
Cumpre-nos cuidar das nossas relações. Neste momento de natal, de encontros, de família, cabe a nós não ceder ao caráter provisório e efêmero das relações do mundo contemporâneo.

Fixemos nosso olhar no valor simbólico de certas tradições, que passam de geração em geração, como nosso patrimônio cultural e espiritual, que nos leva a contemplar a Cristo, como figura central, nesta festa de natal. Somente Ele deve ser o centro da festa. E devemos imitar suas ações: Acolher o próximo, se doar por Ele, não julgar, amar.

Este sim é verdadeiro espírito do Natal!

Tenham todos, boas festas!!!

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