Fracasso escolar e violência: uma relação diretamente proporcional

Estudos sobre violência contra crianças e adolescentes indicam que os principais suspeitos geralmente
são familiares e conhecidos, o que torna difícil a sua denúncia.

Segundo o Ministério da Saúde,menos de 10% dos casos chegam às delegacias. Dentre os tipos de violência cometidos, a violência sexual é a menos denunciada na sociedade brasileira, por várias razões.

 É consenso, entre muitos pesquisadores, que há um severo impacto na vida acadêmica das vítimas de violência.  Há alterações no desenvolvimento cognitivo, na linguagem, na memória e no rendimento escolar. Agressividade, impulsividade e propensão à promiscuidade também têm sido frequentemente relatados.

Na infância e na adolescência, a escola pode ser um local ideal para detecção, intervenção e promoção de fatores de proteção que diminuam a violência e seu impacto sobre o desenvolvimento dos alunos. A escola deve se comprometer com a garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes e os educadores devem se engajar na defesa desses direitos.

A atuação do professor na identificação e denúncia da violência é fundamental, principalmente nas primeiras séries, quando os educadores permanecem cerca de quatro horas diárias com as crianças.

Existem alguns sinais, diante dos quais devemos ficar atentos, visando identificação da violência: presença de sinais físicos, faltas às aulas, alteração de comportamento, comportamento sexual inadequado, relato da vítima.Não vamos fechar os olhos para os sinais que as crianças nos demonstram no dia a dia. A escola pode ajudar muito a quebrar o ciclo da violência.

Ela deve procurar conhecer o universo de informações sobre o tema  para delinear um programa que possa capacitar seus profissionais.

Vamos proporcionar um espaço de escuta, de acolhimento, porque podemos fazer muito se nos dispusermos a lutar coletivamente pelas crianças e adolescentes.

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