Relacioamentos, afetos e desafetos
Por Priscila Pereira Boy- Pedagoga- Diretora da Priscila Boy Consultoria
Se tem uma coisa que eu gosto nesta vida são pessoas.
Prefiro gente do que bicho, do que comprar, do que comida, do que
viajar. Prefiro gente do que nutella e chocolate! Ver como elas pensam, como se
vestem, seus costumes, culturas, apegos, amores, atitudes.
Seres sociais que
somos, carecemos da conexão com o outro para nos sentirmos confortáveis. Sendo
assim, um dos maiores fantasmas do nosso imaginário é ser excluído socialmente.
A gente pode até ser bem-sucedido, feliz, bonito, desejado. Mas
precisamos da aprovação e aceitação alheia para nos tornarmos completos.
Mas não pense que ter bons amigos vai resolver facilmente os
problemas da existência humana! O filósofo polonês Bauman afirma que as
pessoas, para serem realizadas nos relacionamentos, precisam sentir que são
amadas, ouvidas e amparadas. Ou precisam saber que fazem falta. Portanto, não
basta sermos amados. Temos que ter certeza de que somos amados para nos
sentirmos completos.
É justamente nos relacionamentos que estão os maiores desafios.
Conviver com o outro exige de nós tantas coisas... aceitação, compreensão, um
pouco de bondade, perdão, paciência, tolerância, diplomacia, conciliar ternura
e firmeza, buscar mudanças, ceder, negociar e algumas outras virtudes.
Conviver com as críticas também é algo desafiador. Mas, críticas
servem para nos tirar do lugar da acomodação.
Fazem a gente refletir, pensar em mudar. Ouvir o outro nem sempre é
tarefa fácil. Entender o outro, nem sempre é tarefa agradável. Mas, a visão
alheia pode nos dizer muito sobre nós. Aprender a amar “apesar de” é um alvo,
um desafio, uma caminhada, uma oportunidade.
Diante de tantos desafios, o que temos mesmo que fazer é relaxar.
Conviver sem muita neurose, sem tentar tecer explicações pra tudo e pra todos.
Dizem que a vida é curta. Melhor, pois, encarar esse adjetivo como
um verbo.
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