Preconceito velado


Tenho me sentido especialmente incomodada com algumas situações que presencio. São amigas que se referem as suas empregadas como seres menores, são colegas acadêmicos que se referem a alunos ou a outras pessoas como menos capazes, são pessoas que comparam a situação sócio econômica das outras, julgando se teriam ou não condições de fazer tal viagem, comprar em tal loja, comer em algum restaurante e por a í vai. 
Sem contar as referências aos negros, aos homossexuais, ás loiras...
E não posso deixar de citar as pessoas com necessidades especiais. Com estas fazemos pior: como não é socialmente aceitável rejeitá-las, nos travestimos de piedade e misericórdia e damos a elas um tratamento aparentemente inclusivo. 

Rosana Jatobá nos alerta para o fato de que, muitas vezes,  não existe a intenção de magoar. São palavras ou expressões que , de tão arraigadas, passam despercebidas, mas carregam o flagelo do preconceito.
Preconceito velado, o que é pior, porque não mostra a cara, não se assume como tal. Difícil combater um inimigo disfarçado.
A liberdade de escolha e a tolerância das diferenças resumem o Princípio da Igualdade, sem o qual nenhuma sociedade pode ser Sustentável.

O preconceito nas entrelinhas é perigoso, porque , em doses homeopáticas, reforça os estigmas e aprofunda os abismos entre os cidadãos. Revela a ignorância e alimenta o monstro da maldade.
Eu me sinto  mal com comentários que diminuem ou segregam o outro. Isso me conforta um pouco, porque sinaliza que a chama da ética e do respeito ainda ardem em meu coração.
Nunca posso me esquecer que sou educadora e cristã e não posso perder a capacidade de me indignar.
Eu luto contra o preconceito, e você?





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